"Não consigo prender ninguém no meu abraço. Há quem salte. Há quem voe. Eu acho tão bom. Sinal de que meu abraço é tudo, menos prisão."
domingo, 5 de setembro de 2010
O olhar restrito não a deixa mostrar-se, nem ver-se.
"Pobre moço, não viu a moça.
Não o culpo, a menina tem mesmo esse dom de não se fazer visível, de não ser notada.
O olhar restrito não a deixa mostrar-se, nem ver-se.
Coleciona sensações e, não podendo vivê-las, as guarda em cantos de papel e espaços descoloridos. Dentro de si fica, calada. E não há santo que possa tirá-la de lá. Há um moço, mas ele não consegue vê-la.
Tristes são os olhos desse moço, incapazes de enxergar um palmo à frente dos nomes e números. Tristes são os sentimentos dessa moça que, apesar da voz forte e sincera, perto dos olhos dele, permanecem mudos e calidamente amedrontados."
(Cleice Souza)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário