sábado, 4 de setembro de 2010


(...) E não era impressionante como um sentimento podia se transformar em água, e ir pingando por uma rua toda feita de pedras? Eu pisava em lágrimas, poeiras e pedras, sem me lembrar que as lágrimas também evaporam e depois viram nuvens. As nuvens que, algum dia, desceriam furiosas, castigando janelas e portas, enquanto eu tentasse salvar, no colo do meu vestido, a mais bonita de minhas histórias.

Rita Apoena

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